REDES ÓPTICAS PASSIVAS (PON’s)

Este post é uma contribuição do Eduardo Laino Oliveira. Vamos prestigiar o colega comentando-o!

Eduardo, obrigado!

Marco.


Com o crescimento exponencial projetado da taxa de dados para os próximos anos, um meio que se destaca para satisfazer essa demanda é a fibra óptica. Novas gerações estão surgindo de WDM PON, com taxas de transferência sustentável e simétrica de 1Gbit/s por usuário.

Uma rede PON (Passive Optical Network) consiste do uso de equipamentos ópticos localizados nas bordas dos anéis ópticos e, do outro lado, localizados em casas, prédios, condomínios, etc. É composto pela OLT (Optical Line Terminal) e pela ONU (Optical Network Terminal). Esse tipo de rede é uma solução de acesso de ultima milha (Last-Mile).

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O sinal óptico é transmitido pelo OLT por uma única fibra. Nessa fibra são feitas derivações através de splitters ópticos para conectá-la às ONUs. Cada ONU transmite e recebe um canal óptico independente e prove para o usuário final, alocação dinâmica de banda entre 1Mbit/s e 1Gbit/s, para aplicações de dados, voz e vídeo.

Nos pontos de terminação das ONUs o fluxo de Downstream e Upstream são multiplexados na fibra óptica utilizando diferentes comprimentos de ondas, viabilizando assim, transmissões simultâneas.  Comprimentos que podem ser de TX=1490 nm e RX=1310 nm.

Como no exemplo já testado, em uma única fibra, podemos alimentar até 64 residências, a partir do uso de uma única OLTs e ONUs em cada usuário final. Em uma única fibra, conecta-se um splitter de 1×8 e em cada saída, conecta-se outro splitter 1×8, totalizando 64 residências. Há também a opção da alimentação em um prédio, até a entrada, o CPD. Depois desse ponto, pode-se fazer a estrutura com cabeamento metálico (FTTB).

O grande desafio nos dias atuais é estender a transmissão óptica até o usuário final (residência e empresas) com uma solução viável do ponto de vista financeiro para os provedores de conectividade. Uma solução que viabilize financeiramente este desafio é composta pelo compartilhamento da enorme capacidade da fibra óptica entre os usuários e seus grupos, pela amortização adequada dos custos dos equipamentos através do ganho de escala no atendimento das demandas (atuais e potenciais), pela flexibilidade e otimização do uso da fibra através da alocação dinâmica da banda, e pela diversificação dos serviços e viabilidade de criação de um mix de portfólio para balanceamento das opções ofertadas. A tecnologia PON oferece esse tipo de solução.

A rede PON tem uma arquitetura ponto-multiponto que permite que uma única fibra seja compartilhada por múltiplos pontos finais (residências e empresas), não existindo elementos ativos entre o equipamento OLT e os elementos ONU’s e outras OLT’s (os divisores ópticos são elementos passivos) e com isto economizando energia, espaço em sites e manutenção de equipamentos eletrônicos.

Alguns dos benefícios de uma rede PON:

  • Provê acesso em fibra óptica com um custo de manutenção menor que o par metálico, permitindo às operadoras repassar está redução para suas margens operacionais e com isto reduzindo o custo para os seus usuários finais.
  • Transmite as informações em um único par de fibras para 64 elementos reduzindo em escala os custos de uma transmissão padrão ponto-a-ponto.
  • O uso da interface óptica é otimizada pela OLT porque uma única fibra óptica atende 64 localidades. Uma redução de 64 para 1 no número de interfaces utilizadas em relação ao tradicional ponto-a-ponto.
  • A alocação de banda para o usuário e feita remotamente, habilitando ao provedor de acesso o provisionamento rápido e fácil de seus serviços.
  • Mantém a arquitetura das redes dos usuários intacta. As ONUs convertem o tráfego óptico para os protocolos já existentes nas redes dos usuários (IP, Ethernet, SDH, etc), não havendo a necessidade de mudanças e/ou adaptações.
  • Reduz os pontos de falhas em relação aos sistemas ponto-a-ponto. As redes PONs utilizam elementos passivos e reduzem o número de elementos elétricos na rede.

O que falta para as redes PON estarem mais presentes no mercado:

  • Como toda nova tecnologia, existem necessidades de: pessoal especializado, pessoal treinado e fornecedores bem qualificados.
  • Planejamento adequado sobre redes PONs. Uma rede PON somente será viável se o investidor realmente desejar um ganho de escala grande em curto prazo na capacidade de atendimento e novos serviços de baixo custo, bem como uma estratégia agressiva de marketing para escoar este ganho de escala de serviços e mix de portfólio em curto espaço de tempo.
  • Real conhecimento da tecnologia e suas possibilidades de redução de custo e variação de portfólio.
  • Planos práticos e realizáveis para exploração de mercado baseado em redes PONs.

Portanto, o que pensávamos que era futuro, já está presente. Cada vez mais a taxa de dados aumenta, e com isso também há a necessidade de uma transmissão mais veloz. As redes PONs já são realidade e temos que pensar nisso de forma urgente. Esse pequeno artigo é só para demonstrar que não é tão complicado irmos mais além. Vamos trabalhar juntos para que isso seja uma realidade o mais breve possível. De que adianta projetos de sistemas robustos se não tempos comunicações robusta. Pensem e estudem, o futuro está logo aí.

19 comentários

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  1. Obrigado Eduardo por esta iniciativa!!!!!

    Abs,
    Eron Melo
    “Be a router, think like a router!!!”

  2. Excelente Artigo…

  3. Parabéns Eduardo..Otimo post!

    abraço

  4. Bom artigo.!

    Parabéns.!!

  5. Muito bacana, palavras bem colocadas,

    Parabens Marco =)

    Abraços

  6. Fernando, o texto é do Eduardo. Parabéns para ele! 😉

  7. Eduardo,
    ótimo artigo, fiz uma breve pesquisada em alguns termos que não me era familiar, e me fez estudar mais sobre o assunto, muito bom, pois a curiosidade é que nós faz, diferentes.

    Abraços

  8. Muito bom Eduardo,

    Pena que no interior ( meu caso) isso ainda é sim o futuro e O sonho, mal chega banda larga, e moro a 60km do Rio de Janeiro, moro em Petrópolis.

    Descaso é total, serviço vergonhoso e proço absurdo (R$69,90 – 300kbps).

    ABAIXO A OI!!! :@

    Muito bom o post.

  9. Wagner, conheci um pessoal dessa região em um congresso sobre redes Metálicas e GPON em Goioerê-PR. Acredito que futuramente, eles poderão estar implantando o serviço e disponibilizando velocidades mais altas com preços mais acessíveis. Ainda o custo é alto para implantação, principalmente para obtenção de links, ainda mais para o interior. Sou do interior paulista e sofremos muito com custo de links.

  10. Muito bom!

    Obrigado pela colaboração Eduardo, e parabéns pelo Post.

  11. Muito Bom Eduardo .

    Parabens pelo artigo.

  12. parabens eduardo esse artigo faz jus ao artigo de FTTH do marco colocando em pratica tecnologias que ja estao disponiveis no pais so falta um pouco mais de incentivo do governo federal junto as operadoras.
    Abraço

  13. excelente post!!

  14. Valeu Eduardo pela contribuição. Simples e objetiva.

  15. Muito bom post e obrigado por compartilhar.
    Parabéns Eduardo.

    Alguém sabe se essa rede PON, poderá ser utilizada de modo hibrido também? Digo, convergindo rede de Dados, Voz e TV numa única infraestrutura?
    Abraço.

  16. Parabéns Eduardo.

  17. Lchiochetti,

    Ainda nao conheço a disponibilidade de uma OLT que envie os 3 serviços ao mesmo tempo! Mas acredito que em WDM é possivel!

  18. Participei de um treinamento de 2 dias ministrado por um cara bom nesta área chamado Rosendo Correa http://www.naymz.com/rosendo_correa_perez_2643134. O mesmo falou bastante da tecnologia FTTH e que isso é realidade e ja esta sendo aplicada em muitos empreendimentos. Sem dúvida essa tecnologia vai pegar.

  19. Olá Eduardo e pessoal! Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pela iniciativa de escrever um artigo e compartilhar conosco aqui. Parabéns, também, pela qualidade do artigo. 😉

    Somente para complementar seu post Eduardo, gostaria de acrescentar aqui a reportagem de capa da revista RTI deste mês de Março, que vem falando um pouco mais sobre PON’s. Vale a pena dar uma conferida também! A revista é excelente e sempre vem com artigos bem interessantes!

    Abraços à todos e bons estudos galera,
    Felipe Ferrugem!

    “Juntos somos ainda melhores!!!”

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