O peso da formação acadêmica

Para aqueles que AINDA duvidam do peso de uma formação acadêmica (graduação), sugiro a leitura do artigo abaixo, publicado na Folha de São Paulo de hoje.

Abração!

Marco.


Mais de 80% dos assalariados em empresas não têm nível superior

PEDRO SOARES
DO RIO

A maioria dos 40,2 milhões de assalariados em 4,8 milhões de empresas e outras organizações (autarquias, ONG’s, fundações e outras) em 2009 eram homens — 58,1% do total– e não tinham nível superior (83,5%), o que corresponde a 23,4 milhões e 33,6 milhões de pessoas, respectivamente, segundo os dados do Cadastro Central de Empresas divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar de existirem diferenças salariais “significativas” entre homens e mulheres –eles ganhavam 24,1% a mais–, a desigualdade era mais expressiva entre os trabalhadores com e sem nível superior, de acordo com o IBGE. Aqueles que concluíram faculdade recebiam um salário 225% maior do que os que não tinham cursado.

Pelos dados do IBGE, foi possível constatar ainda que as microempresas tinham a maior proporção de mulheres (45,1%) e a menor de assalariados com nível superior (4,7%). Já as firmas grandes empregavam 57,7% dos assalariados com nível superior. Um em cada cinco dos assalariados com curso superior trabalhava na indústria de transformação.

Do conjunto de empresas e outras organizações, 88,9% eram microempresas em 2009. Outras 9,4% foram consideradas empresas pequenas. Já 1,3% tinha o status de médias e 0,4% eram tidas como grandes.

Segundo o IBGE, o pessoal ocupado masculino predominava em 15 das 20 atividades econômicas do cadastro. A maior participação estava na construção (92,2%). Já entre as mulheres, os maiores percentuais de ocupação foram registrados na saúde humana e serviços sociais (76,9%).

As atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados foram a única categoria a apresentar uma participação de pessoal assalariado com nível superior (51,5%) acima do pessoal sem nível superior (48,5%). A atividade com a menor participação foi alojamento e alimentação (2,6%).

Regionalmente, a maior participação de homens no pessoal ocupado assalariado total ficou com a região Norte (68,6%). Já a mais expressiva concentração de mulheres se deu na região Sul –38,2%. Já região Sudeste apresentava a maior penetração de empregados com nível superior (10,8%).

14 comentários

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  1. Concordo que a graduação seja importante, mas no caso da área de informática é só o primeiro degrau da escada.

  2. Richard, acho que seria o primeiro degrau em qualquer profissão 😉 Mas é um degrau importantíssimo.

  3. Também concordo que deveria ser apenas o primeiro degrau em qualquer profissão. Mas para isso, o ingresso em uma universidade deveria ser mais fácil. A boa notícia é que nos últimos anos têm melhorado muito.

    Abraços.

  4. Concordo com o Marco, é o patamar inicial necessário.

    Tenho 32 anos e estou estudando , me atualizando sempre.
    No final do ano termino o meu MBA em Gestao de Projetos, para quem sabe alçar novos rumos…

    Como diz um amigo no forum:

    “Juntos somos mais fortes”

  5. Inegável a importância de uma formação de 3.º grau.

    Há um tempo atrás, muitos empregos considerados como “básico” exigiam formação de nível fundamental. Hoje, para esses mesmos cargos, a exigência já é maior, no caso, exigindo-se nível médio.

    A cada dia, a exigência por nível superior está aumentando e, quem está estudando e se qualificando está recebendo melhores salários e obtendo as melhores oportunidades do mercado.

    Então, para quem não está fazendo faculdade, vale a pena pensar nisso o quanto antes. Meio do ano é tempo de vestibulares em diversas faculdades, então a oportunidade está aí!

    Acho legal dar uma lida em um tópico que o Marco escreveu a algum tempo atrás (2008) sobre o assunto: http://blog.ccna.com.br/2008/03/16/cursos-superiores-sequencial-x-tecnologico/

    Abraços e sucesso à todos,
    Felipe Ferrugem!

    “Juntos somos ainda melhores!!!”

  6. É a velha história do prato da carne e do molho… Graduação = Prato, Experiência = Carne, Certificação = Molho…. um completa o outro…

  7. Verdade absoluta!

    Nessa nossa área, a graduação, a experiência ou a certificação por si só não faz muito sentido… uma é complemento da outra.

  8. Bom, eu tenho que discordar um pouco da importância da graduação perante certificações, pelo menos na nossa área. Não quero de maneira nenhuma dizer que graduação não é importante, mas não vejo como vital para a salários altos ou empregos bons.

    Acredito que esse assunto dá um longo texto de como as certificações valorizam mais o profissional, e eu honestamente não acredito em determinadas pesquisas, por exemplo “Aqueles que concluíram faculdade recebiam um salário 225% maior do que os que não tinham cursado”, isso deve ser em média, certo? Agora, analisar só os números não é o suficiente na minha opinião, primeiro porque não estamos falando só do mercado de TI, que acredito ser o único com essa peculiaridade de certificações, depois, esses números mudam quando nós falamos em salários mais altos. Conheço pessoas, fora do mercado de TI, com cargo importante que ganham mais de 20k, você pode falar que essas pessoas são fora da curva, mas para ganhar 20k+ normalmente essa pessoa não tem que ser fora da curva?

    Termino concluindo que tudo tem seu tempo, e que vai de cada um decidir quando está na hora, o sucesso só depende de vocês. Não acho útil deixar de fazer faculdade para trabalhar sem sentindo, sem crescimento, mas acho muito válido deixar de fazer faculdade para conquistar uma certificação do nível CCIE, por exemplo.

  9. Gostaria de ver aonde estão esses salarios altissimos… conheco pessoas que tem superior e pos graduação ganhando 1,5k….

  10. Cahue, me perdoe mas um profissional com graduação e pós ganhando R$1.5k apenas se explica se o profissional for extremamente ruim (em todos os sentidos da palavra) e/ou os cursos realizados não valem lhufas (ex: faculdades péssimas e/ou cursos sem qualquer tipo de peso).

    Não se espelhem nos fracassos, mas nos sucessos. Garanto que a maioria que se forma alcança melhores salários.

    Marco.

  11. Marco

    Essa realidade de profissionais ganhando baixos salários é bem comum aqui no interiorrrrr. A área de infra-estrutura não é das mais requisitadas na cidade onde moro, então, mesmo sendo formado em TI pela FATEC e terminando uma pós-graduação em Redes na UFSCar, se eu continuar por aqui minha situação não vai ser muito diferente disso aí. Não digo 1.5k, mas nada muito além disso, infelizmente.

    Mesmo assim a graduação, especializações e certificações são ítens importantíssimos. A não ser que você queira ser presidente do Brasil, aí não precisa nada 😀

    Abraços

  12. Não ha dúvidas quanto a importancia do nível superior, mas assim como falaram nem o nível superior nem as certificações vão garantir que vc ganhe bem, até pq ganhar bem nem sempre tem relação com competência e qualificação… vide nossos políticos.
    abs!

  13. Ah!!! como é bom saber disso.

  14. Confesso que senti o peso de não ter a formação superior, mesmo tendo várias certificações na área de redes e segurança: CCSA,CCSE,CCSME,CCNA,CCSP,JNCIA-FWV,JNCIS-FWV,C|EH, ECSA e estudando para o CISSP atualmente.Comecei a graduação e parei 2 vezes e agora aos 30 anos estou em um desafio muito grande e resolvi vir fazer minha primeira graduação no exterior, pois percebi que mesmo tendo diversas especializações muitas empresas ainda querem que seus profissionais sejam graduados. Minha dica é: Por experiencia própria, foque nas certificações pois elas te abrirão muitas portas, mas não desconsidere o fato de ter uma graduação na área pois esta fará a diferenca ao longo de sua carreira. Grande abraço.

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