Impressões sobre o exame 642-832 (CCNP TSHOOT)

Minhas certificações estavam para vencer neste mês, e para renová-las, optei por encarar um exame que, até então, nunca havia realizado: O “novo” 642-832 – CCNP TSHOOT. O principal motivador para eu ter escolhido este exame foi dar um suporte de ainda melhor qualidade aos participantes do curso CCNP TSHOOT, oferecido pela CloudCampus. Isso mostra o quão à sério levamos a qualidade de nossos treinamentos online 🙂

De todos os exames Cisco que fiz até hoje, este foi o que mais me surpreendeu positivamente. A Cisco caprichou na modelagem do exame, e o tornou bastante interessante. Para os “braindumpers” de plantão, atenção: Na minha opinião, não é possível ser aprovado neste exame apenas usando dumps. O motivo é simples: Todos os trouble tickets possuem a mesma descrição de problema (basicamente, diz que o host não consegue acessar o servidor Web). Cabe ao candidato identificar em qual elemento da topologia está o problema, qual a tecnologia relacionada ao problema (ex: IPv4 routing, NAT, DHCP, etc) e o que deveria ser feito para sanar o problema identificado.

O exame consiste de 42 questões, sendo 3 de múltipla escolha (muito simples), e 13 trouble tickets, cada um com 3 questões associadas (identifique o elemento problemático, identifique a tecnologia relacionada e identifique o que deveria ser feito para correção do problema). Não é preciso configurar nada durante todo o exame. Basta usar os comandos “show”, “ping” ou “trace” e você conseguirá se sair bem.

A grande “sacada” da Cisco para este exame é que, nos trouble tickets, as questões 2 e 3 de cada um deles dependem do que for respondido na questão 1. Ou seja, se você identificar o elemento errado na questão 1 de seu trouble ticket, provavelmente errará todo o resto, já que as questões seguintes focarão naquele elemento – que para o trouble ticket em questão pode não ter problema algum. Neste sentido, braindumps são completamente inúteis.

Os tickets são bastante simples, e abrangem os seguintes temas: OSPF authentication, redistribuição OSPF<>EIGRP, OSPFv3 (IPv6), port security, ACL, VLAN Filters, DHCP configs, configuração e associação de VLANs, NAT e HSRP. Com um pouco de atenção e paciência, é possível resolvê-los sem grandes dores de cabeça. O tempo para conclusão do exame é mais do que suficiente, especialmente pela extensão de 30 minutos concedida pelo fato de o exame não estar em nossa língua nativa (o exame é em Inglês). São cerca de 2h e 45m de tempo.

Dicas:

Minhas dicas para aprovação neste exame são poucas e óbvias:

  1. Faça este exame APÓS os outros 2 do CCNP (ROUTE e SWITCH). Não faz sentido realizá-lo antes, já que você terá de ter os fundamentos dos outros dois exames bem sedimentados antes.
  2. Acostume-se com as topologias e endereços IP de antemão (sim, de antemão! A Cisco disponibiliza as topologias para estudo prévio AQUI!)
  3. Como qualquer técnica de troubleshooting, comece pelo começo! A primeira coisa é verificar se o host está obtendo um endereço IP do DHCP, como deveria (use o comando “ipconfig” para ver qual o IP que ele recebe). Se não for 10.2.1.3 (ex: se for o endereço APIPA 169.x.x.x), há algo errado no caminho até R4 (o servidor DHCP da rede). Examine os switches ASW1 e DSW1 e as configs de R4 para encontrar o problema
  4. Tente pingar o host do roteador mais distante do host (R1, no caso), e vá descendo até identificar onde o problema pode estar. Se a comunicação lógica desde R1 até o host estiver OK (pings OK), resta examinar as configs de R1 com o mundo externo (BGP, ACLs, NAT e afins).
  5. Tente não perder a calma. Se não identificar o problema, clique em “abort” no trouble ticket e deixe para resolvê-lo no final. Vá para o próximo. ATENÇÃO AQUI! O único modo de conseguir tentar resolver um ticket novamente é dando ABORT. Se você completar o ticket e submeter as respostas, não poderá voltar mais nele. Dentro de um mesmo ticket, você pode avançar e voltar para qualquer uma das 3 questões.
  6. Use o simulador do exame disponibilizado pela Cisco para se ambientar ANTES do exame. A interface é um pouco complexa, e vale a pena entender como ela será apresentada ANTES. O simulador pode ser acessado AQUI.

Vale lembrar que a CloudCampus disponibiliza – já há algum tempo – um curso no formato ONLINE para o exame 642-832, ministrado pelo Adilson Florentino (que também fez o exame há algum tempo e postou em seu blog suas impressões). Não percam a chance de participarem!

PS: Eu passei no exame (faltou falar isso 🙂 ).

Abraço

Marco

16 comentários

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  1. Valeu pelas dicas e parabéns pela aprovação!

    Estou pensando em fazer esse exame também para conhecê-lo e renovar as certificações.

    Abraços!

  2. Excelente post….

  3. Que legal, excelente post, Espero que não apenas essa prova, como também route é switch esteja, bem complicada para evitar esse pessoal dos testking, Alguem tem esses mesmos cenarios que o Marco postou para TSHOOT só que para switch e route, procurei no site da cisco mais não encontrei.

  4. Parabéns pela aprovação Marco! 😉

    Mesmo fazendo o exame fora do Brasil, tem-se o acréscimo no tempo de realização?

    Valeu, mais uma vez, por compartilhar conosco essas valiosas informações!

    Abs e bons estudos rumo ao CCIE!
    Felipe Ferrugem

  5. Ferrugem, eu fiz no Brasil. Se fizer fora, acho que não tem o tempo extra. Abs!

  6. Muito bom mesmo.
    Brevemente farei tb :):):) se deus quiser

  7. hehehehe valeu Marco!! rsr parabens!

    Posta aqui:
    http://blog.ccna.com.br/forum/comments.php?DiscussionID=3769&page=3#Item_47

    hauahuahu

    Abçs

  8. Muito bom Marco, Parabéns cara, fiz o exame a menos de 15 dias também e me surpreendeu muito também, a cisco poderia lançar mais exames assim.

  9. Parabéns Marco, valeu o compartilhamento da experiência.

  10. Excelente!

  11. Parabéns Marco! Faltou falar a nota 😀

  12. Eu falei a mesma coisa para meus colegas de trabalho quando passei na TSHOOT.
    Quando passei na BCMSN com 1000 pontos, ficavam falando que eu usava braindumps kkkkkkkkkkk
    Eu prestei a TSHOOT logo quando ela lançou, não existia braindump e passei com uma pontuação alta, só não me lembro. Depois disso pararam de me encher o saco kkkkkkkkkkkkkk

    Parabéns Marco

  13. O maior indicativo de que esse exame é bem DIFERENTE da abordagem tradicional que a Cisco costuma adotar nos demais exames está no cenário apresentado. Além de ser o mesmo cenário para todo o exame, a Cisco disposibiliza os diagramas (Layer2, Layer3 IPv4 e Layer3 IPv6) na sua página, o que é muito legal, já que o candidato pode estudar o ambiente real antes de se submeter ao exame. Isso confirma que o interesse da Cisco realmente está em avaliar a habilidade do candidato em realizar TSHOOT. Ou seja, reforço a dica do Marco, baixem o cenário do exame na página da Cisco e estudem o ambiente para não perderem tempo tentando entender o cenário durante o exame, afinal vocês devem dedicar o tempo na tarefa de resolução dos problemas. Eu costumo dizer que esse foi o único exame da Cisco que achei prezeroso de fazer porque me esqueci completamente da “pressão” 🙂 Pelo que eu tenho conversado com alguns colegas, eles também parecem concordar comigo. Abraço!

  14. Excelente post!
    Parabéns pela aprovação, Marco!
    []’s

  15. Parabens mestre Marco, vc alem de referencia é nossa inspiração.

  16. Marco, boa tarde!
    Estou para prestar este exame e gostaria de saber se é permitido utilizar o comando “tracert” nos hosts dos clientes.
    Li em um blog americano que não é possível, porém, nos laboratórios disponibilizados pela Cisco é possível.
    Desde já agradeço a ajuda e parabéns!

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