A onda da vez é o LiFi


Pesquisadores estão sempre procurando novas formas de transmitir dados. Formas mais baratas, mais eficientes e, claro, mais rápidas. A “onda” da vez é a tecnologia que permite a transmissão de dados sem-fio, via luz – ou, sendo mais específico… lâmpadas! Esta tecnologia foi batizada de LiFi (Light Fidelity). O conceito é relativamente simples: Para transmitir um volume maior de dados, é preciso trabalhar em frequências de onda mais altas. A questão é que isso não é possível via rádio sem a obtenção de licenças específicas. As tecnologias WiFi são obrigadas a operar em faixas de onda específicas, e nisso encontram várias limitações, seja de taxa de transmissão, seja de interferências causadas pelo grande volume de redes WiFi co-existentes.

Bom, e se fosse possível transmitir via ondas operando a uma frequência 100 mil vezes mais alta, e sem a necessidade de uma licença? É aí que entra a tecnologia LiFi. A idéia é usar a oscilação em lâmpadas especiais para transportar dados. A oscilação ocorreria tão rapidamente que o olho humano não seria capaz de captar (como já ocorre com lâmpadas fluerescentes, hoje). No lado do usuário, um “modem” (na verdade, uma câmera super sensível) ótico decodificaria os dados embutidos nas oscilações e os converteria em bits. A lâmpada, por sua vez, seria conectada à um router ou algum outro elemento de rede. Se pensarmos bem, o conceito é semelhante ao adotado em fibras ópticas, mas implementado no ar. Interessante, não?

A tecnologia ainda está em desenvolvimento, e é bastante recente (cerca de 2 anos, apenas). Mas já se mostra bastante promissora e funcional, tanto que muitas empresas estão investindo alto nestas pesquisas. O LiFi Consortium estima que taxas de transmissão acima de 10Gbps seriam possíveis com esta tecnologia. Mas nem tudo são flores, claro. Existem entraves, por exemplo:

  • O computador deve ter “visada” para a lâmpada (ele deve ser iluminado por ela). Se a lâmpada emitir uma luz forte o bastante, ela pode transmitir dados para uma sala de tamanho razoável, entretanto.  
  • Como fazer esta tecnologia operar em ambientes abertos. 
  • Diferentemente de ondas de rádio, a luz não atravessa paredes. Portanto, para que o “sinal” passe de uma sala para outra, “lâmpadas de dados” deverão existir em cada sala.  
  • Questões de segurança devem ser endereçadas, claro.
  • O artigo original não explica se a solução é unidirecional ou bidirecional. E se é bi, como os dados são transmitidos pelo usuário.

Enfim, a idéia não é substituir o WiFi pelo LiFi, mas criar uma alternativa. Tudo muito novo, mas muito interessante e promissor! Vale acompanhar os próximos capítulos desta novela!

Fonte: http://mashable.com/2013/10/18/lightbulb-wireless-network/ 

Abraço

Marco.

3 comentários

  1. bem interessante!!

  2. Palestra bem interessante sobre o assunto:

    http://www.ted.com/talks/harald_haas_wireless_data_from_every_light_bulb.html

  3. Enquanto eu lia, pensava exatamente na questão do canal de retorno. Não consigo imaginar uma forma de fazer isso em luz. Talvez via wifi, ou PLC?

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